Vidro Refletivo
Os vidros refletivos são também popularmente conhecidos como espelhados. Aplicados em janelas e fachadas na sua forma comum, laminada, ou insulada, bloqueiam a entrada de calor no ambiente interno, controlando a incidência de luz.
Além disso, vistos do lado mais iluminado, impedem a visão para o lado menos iluminado, preservando a privacidade e, de quebra, valorizando a fachada por seu aspecto moderno, combinando espelhação e cores diversas.
Existem muitos tipos de refletivos, cada um com suas características e performances diferentes. Eles variam quanto à capacidade de bloqueio da radiação solar, quanto ao controle da luminosidade, resistência de sua camada refletiva etc. Eles são divididos em três grupos principais, de acordo com seu sistema de produção, são eles:
Pirolíticos ou On line – a aplicação da camada metalizada é feita durante a fabricação do vidro float, por pulverização de óxidos metálicos. Este processo é realizado em temperaturas elevadas, garantindo uma aderência maior da camada metalizada, o que garante durabilidade e homogeneidade da camada refletiva (metalizada).
Destacam-se pela sua resistência, pela alta transmissão luminosa e maior resistência à abrasão. Por isso, o vidro refletivo pirolítico pode ser temperado, curvado, laminado ou utilizado de forma monolítica, além de poder compor o duplo envidraçamento. Quando instalado na forma monolítica, temperado ou na composição do vidro duplo, recomendamos que o pirolítico fique com a camada metalizada voltada para o interior da fachada. Se ele já estiver laminado, o lado de instalação não faz tanta diferença.
Características técnicas:
- Moderado controle de calor solar e entrada de luz (média de 50%);
- Maior resistência a agressões externas;
- Maior resistência a abrasão.
Metalizados a vácuo ou Off line – a aplicação da camada metalizada é feita por bombardeio de partículas de átomos de metal eletrostaticamente aceleradas em uma câmara de vácuo. No momento da aplicação dos óxidos metálicos a temperatura é ambiente, por volta de 25 a 30ºC, ou seja, a aderência da metalização é bem menor, quando comparado com o processo pirolítico.
Por isso, recomendamos que seja instalado na forma laminada, com a face metalizada voltada para dentro, de forma que se encontre protegida, na união dos vidros, em contato com a película plástica do PVB. E também, no caso dos vidros insulados, com a face metalizada voltada para o seu interior, como forma de proteção.
É o vidro que possui melhor desempenho para controle solar em sua forma monolítica, sem a combinação com outros vidros ou com sistemas com câmara de ar interna.
Características técnicas:
- Maior controle do calor solar e entrada de luz (média de 80%);
- Mais sensível a agressões externas de todo tipo;
- Não apresenta resistência à abrasão.
Baixo Emissivo ou LOW-E – São vidros obtidos através da pulverização de uma capa de óxidos metálicos, sobre o vidro incolor, formando uma capa baixo emissiva, que fica totalmente integrada ao vidro.
Este revestimento de baixa emissividade do vidro Low-E, refle o calor radiante (de ondas longas) e também a maior parte da radiação infravermelha (de onda curta) contida na luz solar. Essencialmente apenas a porção luminosa é transmitida através do vidro, resultando em uma iluminação “fria” para interiores, dispensando a presença do ar-condicionado.
Por sua aparência neutra e eficiência energética, o vidro low-E já é muito utilizado em construções comerciais e residenciais, e isso tende a aumentar nos próximos anos. A partir da forma de produção, o vidro low-E se divide em duas categorias:
Deposição pirolítica: aplica vários metais ao vidro derretido, durante o processo de fabricação, por flutuação do vidro plano (on-line), ou seja, em temperaturas mais elevadas.
Deposição a vácuo: aplica vários metais (off-line) em uma câmara a vácuo, na temperatura ambiente, formando um revestimento catódico.
Adaptado para o clima tropical ganhou uma câmara de controle solar, que também tem propriedades low-e, quando exposta ao meio externo (ou seja, não pode estar em contato com o PVB), que, além de permitir a passagem de luz, possui propriedades refletivas.
APLICAÇÕES
Ideal para fachadas, janelas e também para a linha branca – pode ser aplicado em refrigeradores, evitando também que o vidro embace.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Transparente, com um leve tom esverdeado ou azulado, o low-e de controle solar é um importante aliado da estética das fachadas, pois auxilia no controle solar sem criar o indesejável efeito espelho. Oferece desempenho energético, que reflete para fora principalmente as radiações no espectro do infravermelho próximo e distante. Sua refletividade externa fica entre 8% e 10% e sua transmissão luminosa, entre 70% e 80%. Para intensificar suas propriedades energéticas e até conferir características de segurança, o low-e pode ser curvo, insulado, temperado e laminado. Ele reduz o efeito da parede fria, os riscos de condensação, adicionando ao vidro elevado nível de controle solar.